Reflexões em tempo de vindima

• Séneca, nas cartas a Lucilio diz: "a bebedeira é uma loucura voluntária". Plínio, o antigo, afirma: "o homem deve ao vinho ser o único animal a beber sem sede". Platão acrescenta: "a verdade está no vinho". Alcée insinua: "o vinho é o espelho dos homens". O Talmude vai mais longe: "quando o vinho entra, a razão sai".
• Ovídio, no século I da nossa era, afirmava: "quanto mais se bebe, mais se tem sede
• Segundo a lenda, foi Dioniso (Baco) quem primeiro plantou a vinha, mas a primeira e mais célebre carraspana foi Noé quem a apanhou.
• Segundo a enciclopédia, o vinho natural, tomado em pequenas doses é uma bebida tónica e estimulante, sobretudo o vinho tinto, enquanto o vinho branco é diurético. É devido a esta sabedoria intuitiva que os mais velhos não dispensam o seu copito para que as veias não se atrofiem e o coração bata por longos anos.
• Três copos de vinho mandam embora (em boa hora) os espíritos, mas com o quarto, eles voltam.
• Hipócrates (o pai da medicina, 377 a.c.) aconselhava: "Bebe vinho e ficarás são". Maligna a ferida que não se cura com vinho", "o vinho alegra o olho, limpa o dente e cura o ventre".
• Na Idade Média (compreendida entre os anos 395 e 1453) a cidade italiana de Salerno teve a primeira Academia do mundo ocidental onde se estudou o vinho como medicamento. Não consta que alguém se tenha dado mal com a aprendizagem.
• Nos países nórdicos encomendam-se os mortos, bebendo-se à sua saúde. O espírito do vinho acompanha-os pela eternidade dos séculos. A eternidade foi assim a mais saudável bebedeira que o homem inventou para se penitenciar dos erros cometidos neste mundo.